quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Blogando o Alcorão: surata 2, "A Vaca", versículos 40-75


Blogando o Alcorão: surata 2, "A Vaca", versículos 40-75(1)

O versículo 40 da surata 2 dirige-se aos "Filhos de Israel", dando início ao uma extensa meditação
a respeito de tudo o que Alá fez pelos judeus e da ingratidão com que estes lhe retribuíram. O versículo 41 adverte os judeus: não «negocieis as Minhas leis a vil preço»(2), o que foi interpretado pelos comentadores islâmicos como uma exortação a dar precedência ao serviço de Alá em relação às coisas mundanas. Sayyid Abul A’la Maududi, um reputado intelectual islâmico e expoente do islão político, afirma, no seu monumental Towards Understanding the Qur’an que este versículo «se refere às compensações mundanas em favor das quais [os judeus] rejeitavam as directrizes de Deus». No entanto, é objecto comum de especulação que este versículo seja, na verdade, uma censura de Mafoma(3) àqueles que lhe teriam vendido documentos alegadamente contendo revelações divinas, mas que, na realidade, não as continham - pessoas a quem dirigirá severas críticas novamente em 2:79.

Seja como for, os judeus podem regressar às boas graças de Deus convertendo-se ao islão (v. 43). Este versículo pode parecer anódino, uma vez que as traduções exortam os judeus a ser "perseverantes na oração" e a "dar esmola frequentemente" (como verte Abdullah Yusuf Ali), mas em árabe as palavras aqui usadas para "oração" - salat (الصَّلاَة) - e para dar "esmola" - zakat (الزَّكَاة) - referem-se especificamente à oração e à esmola islâmicas. Os não-muçulmanos não podem rezar salat, nem dar zakat. Quanto à necessidade da conversão Ibn Kathir é peremptório: «Alá ordenou aos Filhos de Israel que aceitassem o islão e seguissem Mafoma». Sayyid Qutb diz que neste passo Alá «convida os israelitas a juntar-se aos muçulmanos nas suas práticas religiosas e para deixar os seus preconceitos e tendências etnocêntricas».

Com o versículo 47, afirma Maududi, «faz-se referência aos mais conhecidos episódios da história judaica. Dado que estes episódios eram conhecidos por qualquer criança judia, a sua narração é breve, em prejuízo do detalhe. A referência visa recordar aos judeus tanto os favores com os quais os israelitas foram abençoados por Deus, como as faltas com que eles corresponderam às graças de Deus». Estas incluem a salvação dos israelitas das mãos do faraó, (vv. 49-50); o episódio do bezerro de ouro (vv. 54-55) e da dádiva de maná e codornizes no deserto (v. 57, 61), culminando com a proclamação de que os judeus «foram cobertos de humilhação e aflição; atraíram sobre si mesmos a ira de Alá. Isto porque foram rejeitando os sinais de Alá e matando os Seus mensageiros sem justa causa. Isto porque se rebelaram e persistiram na transgressão» (v. 61).

Ibn Kathir aplica estas palavras a todos os judeus: «Este ayah [versículo] indica que os Filhos de Israel foram atormentados com humilhação e que assim há-de ser, ou seja, que a humilhação não cessará. Continuaram a ser humilhados por todos os que lidam com eles, a par da vergonha que sentem de si mesmos».

Pode parecer estranho que imediatamente depois disto venha um dos "versículos tolerantes" do Alcorão, o versículo 62, o qual parece prometer um lugar no Paraíso aos «judeus, [a]os cristãos, e [a]os sabeus» («those who follow the Jewish (scriptures), and the Christians and the Sabians» - Ali.). Muhammad Asad exulta: «Com uma abertura de horizontes sem paralelo em nenhuma outra religião, a ideia de "salvação" é aqui sujeita a apenas três condições: acreditar em Deus, acreditar no Dia do Juízo e viver fazendo obras rectas». Aparentemente, não é necessário aceitar o islão. Porém, Asad contradiz-se ao acrescentar «neste escrito divino» («in this divine writ») a seguir às palavras «Os fiéis» («those who have attained to faith») na sua tradução do versículo 62; ou seja, para ser salvo é necessário acreditar no Alcorão, assim como nas revelações anteriores. Na verdade, os comentadores muçulmanos não estão inclinados a ver este versículo como um sinal de pluralismo divino. Os tradutores Ali e Pickthall, à semelhança de Asad, todos sentiram necessidade de acrescentar parêntesis que imprimem à passagem o sentido de que os judeus e os cristãos (assim como os sabianos, cuja identidade é duvidosa) serão salvos apenas se se tornarem muçulmanos.(4) Para além disso, de acordo com Ibn Abbas, este versículo foi revogado pelo versículo 3:85: «E quem quer que almeje (impingir) outra religião, que não seja o Islam, (aquela) jamais será aceita e, no outro mundo,essa pessoa contar-se-á entre os desventurado» («If anyone desires a religion other than Islam (submission to Allah), never will it be accepted of him; and in the Hereafter he will be in the ranks of those who have lost (all spiritual good)». - Ali). Qutb é da opinião que o versículo 2:62 se aplicava apenas até ao momento em que Mafoma trouxe o islão para o mundo, uma perspectiva apoiada por um dito de Mafoma registado por Tabari, no qual o profeta do islão diz que os cristãos que morreram antes da sua vinda serão salvos, mas os que ouviram falar dele e, contudo, rejeitaram a sua pretensão profética não o serão. [N.do T.: com o que Ibn Kathir concorda].

Segue-se a primeira de três famosas passagens sobre "macacos e porcos". Hoje em dia, os jihadistas referem-se frequentemente aos judeus com estes termos: macacos e porcos; esta prática fundamenta-se no Alcorão em 2:63-66; 5:59-60; e 7:166. A primeira destas passagens descreve Alá dirigindo-se aos judeus que profanaram o Sábado nos seguintes termos: «Sede símios desprezíveis!» A passagem prossegue dizendo que esta maldição há-de ser «exemplo para os seus contemporâneos e para os seus descendentes, e uma exortação para os tementes a Deus.» Na tradição teológica islâmica estas passagens não têm sido entendidas como aplicando-se a todos os judeus. Ibn Abbas diz que «os que não honraram a santidade do Sábado foram transformados em macacos, tendo morrido sem deixar descendência». Outros exegetas, contudo, a exemplo do pioneiro estudioso do islão, Ibn Qutaiba, sustentam que os macacos hoje existentes são descendentes dos judeus que não honraram o Sábado.

Esta interpretação é amplamente usada nos dias de hoje como metáfora para a corrupção dos judeus, ao nível de bestas. O próprio Mafoma deu início a esta prática quando se dirigiu aos judeus da tribo Quraizá (Qurayzah), ao preparar-se para os massacrar, com os termos: «Vós, irmãos de macacos.» Recentemente, o grão-xeque de Al-Azhar, Muhammad Sayyid Tantawi, chamou aos judeus «inimigos de Alá, descendentes de macacos e de porcos». O xeque saudita Abd Al-Rahman Al-Sudayyis, imã da principal mesquita de Meca, a mesquita Al-Haraam, explanou esta noção dizendo num sermão que os judeus são «a escumalha da raça humana, os ratos do mundo, os violadores de pactos e de acordos, os homicidas de profetas e a descendência de macacos e porcos». Um outro xeque saudita, Ba’d bin Abdallah Al-Ajameh Al-Ghamidi, explicitou mais claramente a conexão: «O comportamento actual dos irmãos de macacos e de porcos, a sua perfídia, propensão para violar os acordos e profanar os lugares santos... está relacionada com os feitos dos seus antepassados durante o primeiro período do islão - o que atesta a grande semelhança entre todos os judeus hoje vivos e os judeus que viveram no dealbar do islão». Para aprofundar esta matéria, veja-se o excelente estudo do Middle East Media Research Institute (MEMRI).

O versículo 67 retoma as repreensões: os israelitas reagem com arrogante rebeldia ao mandamento de Alá, transmitido por Moisés, de que sacrifiquem uma vaca (a vaca que dá o nome à surata). Somos informados que que os corações dos judeus se obstinam (v. 74) e os judeus acabam por ser amaldiçoados por Alá (v. 89). Para falar desta maldição e das consequências que dela advêm, e de outros assuntos até ao versículo 140 da surata 2 voltaremos no próximo capítulo.

Texto original: Blogging the Qur'an: Sura 2, "The Cow," verses 40-75.



(1) - De hoje em diante usaremos a expressão Alcorão, em lugar de Corão, decisão tomada após a leitura de um postal publicado por António Viriato no seu blogue Alma Lusíada, cuja leitura vivamente recomendo e do qual aqui deixo a parte mais relevante: «[O] livro sagrado dos Muçulmanos designa-se, em bom português, por Alcorão (do ár. Al-quran, a leitura, por excelência, a do livro sagrado), tal como sempre escreveram os nossos escritores, desde o século XIII e XIV, incluindo os clássicos, como Camões ( Os Lusíadas, III, 50:8 e VII, 13:4 ) e os românticos, como Herculano, e quase todos os Historiadores desde então até aos escritores contemporâneos de língua portuguesa mais escrupulosos no uso do vernáculo.»


(2) - Em virtude das discrepâncias entre a versão portuguesa e as traduções de referência usadas por Spencer, optei, nos capítulos anteriores, por manter as citações do Alcorão feitas pelo autor em inglês. A partir deste capítulo passarei a usar a tradução portuguesa de Samir El-Hayek disponível no site multilingue que temos usado. Sempre que as discrepâncias entre as versões usadas por Spencer e a versão portuguesa forem de monta e dadas a interpretações díspares, socorrer-nos-emos cumulativamente da versão usada pelo autor deste comentário.


(3)- «Nos textos portugueses mais antigos, este antropónimo aparece grafado de variadíssimas formas, como Mafoma, Mafamede, Mafomede, Mafomade, Mahamed, Mahoma, Mahomet, Mahometes ou Mahometo, sendo Mafamede e Mafoma por ventura as mais divulgadas (de resto, a última forma é correlata do nome do profeta nas outras línguas ibéricas, sendo que em castelhano, catalão, galego e até basco, se diz Mahoma). Desde o século XIX, porém, que tais termos caíram completamente em desuso no português, sendo até considerados ofensivos, posto que o seu uso, nas crónicas antigas, se fez sempre associado num contexto de cruzada contra a religião muçulmana


(4) - N.T. O uso da conjunção copulativa and/e em todas as traduções consultadas não parece dar consistência à objecção de Spencer. Já a exposição seguinte contra a suposta mensagem corânica de salvação para os judeus e cristãos desta passagem é concludente.



segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Blogando o Corão: surata 2, "A Vaca", versículos 1-39

Blogando o Corão: surata 2, "A Vaca", versículos 1-39

A surata 2, Al-Bácara (A Vaca), à semelhança da maioria dos capítulos do Corão, recebe o seu título de algo nele relatado - neste caso, o episódio no qual Moisés transmite aos israelitas o mandamento de Alá, ordenando o sacrifício de uma vaca (2:67-73). É a surata mais longa do Corão - 286 versículos - e dá início à disposição geral (mas não absoluta) de apresentar as suratas da mais longa para a mais breve, com excepção de Al-Fátiha, a qual merece a sua posição de destaque como primeira surata devido à sua centralidade no islão. A surata Al-Bácara, "A Vaca", foi revelada a Mafoma em Medina - isto é, no decurso da segunda parte da sua carreira profética, a qual teve início em Meca no ano 610. Em 622, Mafoma e a incipiente comunidade muçulmana deslocaram-se para Medina, onde, pela primeira vez, Mafoma se tornou líder político e militar. Os teólogos muçulmanos consideram, de um modo geral, as suratas de Medina como tendo precedência sobre as de Meca sempre que surja alguma discordância, de acordo com o versículo 106 deste capítulo do Corão, no qual Alá fala da abrogação de alguns versículos e da sua substituição por outros melhores. (Esta interpretação do versículo 106 não é, contudo, unânime, sustentando alguns intérpretes que o versículo não se refere à abrogação de parte alguma do Corão, mas sim às escrituras judaicas e cristãs. Voltaremos a esta questão oportunamente.)

A surata 2 compreende material de grande importância para os muçulmanos e é tida em grande consideração. O comentador medieval do Corão Ibn Kathir (cujos comentários continuam a ser lidos e respeitados pelos muçulmanos) dá conta, de modo coloquial, de que a recitação desta surata perturba Satanás, relatando que um dos primeiros seguidores de Mafoma, Ibn Massud, afirmou que Satanás "se retira da casa onde a sura Al-Bácara esteja a ser recitada e que, aos sair, solta gases". Com expressão menos vulgar que Ibn Massud, o próprio Mafoma diz: «Satanás foge da casa onde a surata Al-Bácara é recitada».

O capítulo começa com três letras árabes: alif, lam, mim. Numerosos capítulos do Corão começam deste modo, com estas três letras árabes, o que deu origem a uma considerável variedade de especulação mística quanto ao significado dessa sequência de letras. Contudo, a Tafsir al-Jalalayn, outro comentário clássico ao Corão, resume sucintamente a interpretação prevalecente: «Deus é que sabe o que quer dizer com essas letras.»

O versículo que sucede imediatamente estas letras contém uma chave para a doutrina islâmica: «This is the Scripture whereof there is no doubt.» O Corão não é para ser questionado ou julgado por padrões que se situem fora dele mesmo; bem pelo contrário, é o padrão pelo qual todas as outras coisas hão-de ser julgadas. Isto, está bem de ver, não é significativamente diferente do modo como muitas outras religiões consideram as suas Escrituras sagradas. Porém, não ocorreu no islão o desenvolvimento da crítica histórica e exegética que transformou a forma como os judeus e os cristãos compreendem as suas Escrituras presentemente. O Corão é um livro do qual não se pode duvidar e que não se pode questionar: quando um académico do islão, Suliman Bashear, ensinou aos seus alunos na Universidade Nacional An-Najah, em Nablus, que o Corão e o islão são produtos de um desenvolvimento histórico, não tendo sido revelados na sua forma acabada a Mafoma, os seus alunos defenestraram-no.

2:1-29 é uma extensiva explanação da perversidade daqueles que rejeitam a fé em Alá e faz ouvir vários temas que hão-de voltar a ecoar. O Corão, é-nos dito, é o guia para aqueles que acreditam no que foi revelado a Mafoma, assim como "no que foi revelado antes" do profeta (v. 4). Esta asserção envolve a pretensa assumpção muçulmana de que o Corão é a confirmação da Torá e dos Evangelhos, os quais transmitem a mesma mensagem que Mafoma recebe na revelação corânica (ver 5:44-48). Quando se constatou que a Torá e o Evangelho não concordavam com o Corão, surgiu a acusação de que os judeus e os cristãos tinham corrompido as suas Escrituras - o que constitui uma crença ortodoxa muçulmana presentemente. Muhammad Asad afirma-o claramente: «A religião do Corão só pode ser plenamente compreendida contra o pano de fundo das grandes religiões monoteístas que a precederam e que, de acordo com a fé muçulmana, encontram o seu clímax e a sua formulação definitiva na fé do islão.»

Um outro tema é o absoluto controlo de Alá sobre todas as coisas, inclusive a escolha individual entre acreditar ou não acreditar nele: «As to those who reject Faith, it is the same to them whether thou warn them or do not warn them; they will not believe. Allah hath set a seal on their hearts and on their hearing, and on their eyes is a veil; great is the penalty they (incur)» (vv. 6-7). Os Qadaris (1), do islão primitivo, postulavam que a humanidade dispunha de livre arbítrio e que, portanto, seria capaz de escolher entre fazer o bem e fazer o mal. Os seus opositores sustentavam que Alá determina tudo. Apesar de ambos os lados disporem de inúmeras citações corânicas para alicerçar as respectivas teses, as autoridades islâmicas acabaram por declarar o Qadarismo como herético, uma vez que limitava a absoluta soberania de Alá sobre todas as coisas. Aqueles que rejeitam a fé fazem-no porque Alá assim o deseja, de acordo com estes versos, não porque disponham de livre arbítrio. Diz Ibn Kathir: «Estes ayat (versículos) afirmam que aquele que, por determinação de Alá, é infeliz não há-de encontrar ninguém que o guie em direcção à felicidade e que aquele que Alá conduz ao erro, não há-de encontrar quem o guie.» (Uma boa panorâmica sobre a controvérsia dos Qadari pode seguir-se na obra do famigerado académico do islão Ignaz Goldziher’s Introduction to Islamic Theology and Law.)

Segue-se a condenação dos hipócritas e dos falsos crentes, os quais desgostaram Mafoma com frequência durante a sua vida profética (vv. 13-20). Surge, por fim, a asserção da sublimidade do Corão, de tal modo que os que duvidam são desafiados, caso duvidem da sua proveniência divina, a produzir uma surata como esta (v. 23). Muitos foram os que aceitaram o desafio, o qual é, evidentemente, do género de desafios que jamais serão bem sucedidos aos olhos de quem o lançou - «they could not produce the like thereof» (17:88).

2:25 apresenta os famosos jardins do Paraíso, onde os crentes hão de morar - assunto do qual falaremos mais adiante.

2:30-39 conta a história de Adão e Eva, de um modo sugestivo de que os ouvintes da recitação corânica já estariam familiarizados com o relato. Alá ordena aos anjos que se prostrem diante de Adão (v. 34), uma ordem que parece decorrer da afirmação bíblica de que o Homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, embora essa ideia não seja expressa nesta passagem do Corão. Segundo Ibn Kathir, «Alá afirmou a superior virtude de Adão em relação aos anjos ao ensinar-lhe, e não a eles, o nome de todas as coisas.» Satanás recusa prostrar-se, tornando-se, com essa decisão, incrédulo (v. 34) e tenta Adão e Eva com o fruto proibido. Alá promete fazer revelações para guiar a humanidade, avisando-a de que aqueles que ignorarem essas revelações serão punidos com o fogo do inferno.

Seguidamente, a surata dirige-se, nos versículos 40-75, aos Filhos de Israel, os quais desempenham um papel de grande relevo no Corão - e, não por acaso, na consciência islâmica moderna - de modo que dedicaremos o postal da próxima semana a blogá-los.

(1) - Para encontrar informações sobre esta corrente islâmica socorremo-nos da versão italiana desta série, Commento al Corano, tradução de Paolo Mantellini.

A partir do postal anterior, dedicado a Al-Fátiha, temos usado um Corão que possibilita a leitura em simultâneo das três traduções para língua inglesa usadas como referência por Robert Spencer, bastando para isso seleccionar as ditas traduções na caixa à esquerda encimada pela palavra English; ademais, esta versão permite visualizar versões noutras línguas, bastando seleccioná-las na caixa situada imediatamente abaixo da anteriormente indicada, encabeçada pelas palavras Other Languages, entre as quais o português, na mesma tradução do Corão online já indicado, a versão de Samir El-Hayek.



Texto original: Blogging the Qur'an: Sura 2, "The Cow," verses 1-39.